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INFORMAÇÃO É FUNDAMENTAL
AIDS / HIV
 
O que causa?
        A AIDS é causada por um vírus, chamado HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
 
Como é transmitida?
        A transmissão se dá por diferentes vias. As principais são:
        1) Relação sexual, sem uso de preservativo, com indivíduo infectado pelo HIV.
        2) Uso de agulhas e seringas contaminadas com HIV.
        3) Transmissão vertical, isto é, de mãe para filho, durante a gestação, parto e amamentação.
        4) Recebimento de sangue contaminado pelo vírus.
        Beijos, abraços, compartilhamento de talheres ou outras formas de contato não sexual que não envolvam exposição a sangue, secreção vaginal ou esperma não trasmitem a doença. Relação sexual com uso de preservativo também é 100% eficaz para evitar a infecção.
        Cabe ressaltar que o indivíduo infectado pode transmitir a doença durante toda a vida, havendo diversos fatores envolvidos na chance de infecção. Assim, não é possível quantificar o risco de infecção exato de determinada exposição. Mesmo nos indivíduos em tratamento, com cargas virais indetectáveis no sangue, ainda existe o risco, sendo recomendado uso de preservativos.
       
Como é a doença?    
        O período de incubação após a exposição é de 15 a 30 dias.
        Após esse período, podem aparecer sintomas como febre, dor de garganta, dor de cabeça, manchas na pele, diarréia, dores no corpo, sintomas neurológicos e outros. Em geral, este quadro inicial é bastante inespecífico, assemelhando-se a um quadro gripal. A resolução é espontânea, dentro de 2 a 3 semanas.
        Segue-se longo período de latência, no qual o vírus se multiplica no organismo, sem no entanto causar sintomas. Este período pode variar de 1 ano até mais de 10 anos, com uma média em torno de 5 ou 6 anos. Durante esse tempo, o paciente não apresenta sintomas de imundeficiência.
        Após o período de latência, podem aparecer sintomas conhecidos por sintomas B, como perda de peso importante, diarréia, sapinho, infecções recorrentes de pele, infecções respiratórias frequentes. O sistema imunológico do indivíduo vai então sendo destruído, expondo o mesmo ao surgimento de doenças oportunistas.
        Doenças oportunistas são um grande grupo de doenças que normalmente não acometem indivíduos saudáveis, mas que podem acomenter os pacientes com debilidade do sistema imunológico. Se não tratadas, estas doenças podem levar o paciente ao óbito.
     
É comum? 
        No Brasil, estudos mostram que cerca de 0,65% da população entre 15 e 49 anos atendida em pronto-socorros é portadora do HIV. Acredita-se que cerca de 600 a 800 mil pessoas vivam com HIV hoje no Brasil, sendo que a maioria destas desconhece ser portadora do vírus.
 
É grave?
        Se não tratada, a infecção pelo HIV é fatal na absoluta maioria dos casos. Já nos casos com diagnóstico precoce, o prognóstico é excelente, não se podendo estimar qual é  a real expectativa de vida para estes indivíduos.
        Sabe-se que após o diagnóstico de AIDS, sem tratamento, a sobrevida é de 6 meses. Com o tratamento, na média, é de 5 anos. No, entanto neste número incluem-se os pacientes com diagnóstico tardio, os que abandonam tratamento, os que fazem uso irregular da medicação, os que morrem por outras causas. Provavelmente, com diagnóstico precoce e uso correto das medicações, este tempo é muito maior, podendo corresponder a algumas décadas de vida.
 
HIV e AIDS são a mesma coisa?
        Não. Um indivíduo pode somente ser um portador do HIV, mas não ter AIDS.
        A AIDS é uma situação na qual o sistema imunológico do paciente foi em grande parte destruído pelo vírus,  expondo a pessoa à doenças oportunistas.
        Um indivíduo pode ser infectado pelo HIV por muitos anos e ainda manter seu sistema imunológico competente, não correndo risco de infecções oportunistas, e portanto não tendo AIDS.
 
Quais os principais parâmetros avaliação do paciente com HIV?
        A contagem de linfócitos CD4 é o parâmetro que "mede" a imunidade do indivíduo. Estas são as células que são destruídas pelo HIV ao longo da infecção. Quanto maior o número de linfócitos CD4, melhor a imunidade do indivíduo. O grande objetivo do tratamento é manter as contagens de CD4 em níveis seguros, que não exponham o paciente ao risco de infecções oportunistas graves.
        Outro parâmentro importante é a carga viral do HIV. Este exame revela a quantidade de vírus detectável no sangue do paciente. É útil principalmente para pacientes em tratamento, nos quais se esperam valores indetectáveis, demostrando assim eficácia das medicações em impedir a replicação do vírus.
        O objetivo do tratamento, quando indicado, é manter a carga viral o mais baixa possível, para que cesse a destruição das células CD4, permitindo um aumento no número destas, e melhorando a imunidade do paciente.
 
Todo paciente com HIV necessita tratamento?
        Não. Todo paciente infectado pelo HIV necessita de acompanhamento médico rigoroso, mas nem todos necessitam de tratamento. Como as medicações disponíveis ainda são limitadas e seu uso a longo prazo pode causar uma série de efeitos colaterais indesejáveis, para os pacientes que tem o sistema imunológico preservado não se indica terapia, retardando o início desta para um momento oportuno.